O Arcanjo cabeleireiro — um conto de Raul Martins Lima
— por Raul Martins Lima Numa rua sem saída existe uma casinha. Pequena, simples, sem janelas na lateral porque espremida entre duas outras casas com…
— por Raul Martins Lima Numa rua sem saída existe uma casinha. Pequena, simples, sem janelas na lateral porque espremida entre duas outras casas com…
— por Jessé de Almeida Primo Um milagre em Paraisópolis (Danúbio, 2020) dá indicativos seguros de que Fábio Gonçalves é um autor que se dedica…
Nenhuma resposta. Girou a maçaneta. Na tela do computador, um desenho japonês de duas mulheres nuas; em cima da escrivaninha, condicionador e um rolo de papel higiênico. O irmão se encolheu, cobrindo-se com uma toalhinha e fechando a aba do computador com a mão que sobrava.
"Adentrou o último pátio após ter atravessado dezenas de arcos túmidos monumentais, pelos quais poderiam passar elefantes montados. Sentou-se sob a copa de uma laranjeira indicada pelos guardas e aguardou enfadado pelo seu senhor. Estava com sorte, não teve de esperar muito."
Então laureada, Adélia Prado é uma poeta realizada: exprimiu em linguagem eficaz um intenso convívio com Deus e o mundo, com o dado e o cultivado. Aqui, como nos boletins de guerra, a simplicidade da frase não corresponde à complexidade da façanha
Terminada a leitura de Torto arado, de Itamar Vieira Junior, vamos logo ao motor da narrativa, Bibiana perde a língua quando ela e Belonísia estavam brincando com uma faca e, daí em diante, tornam-se mais unidas.
sim, pelo menos para si mesmo, ele estava perto de um bom destino, embora as ondas trouxessem aquela aragem amena, quase gelada e salobra, do início do entardecer,
Todas as noites o Grão-turco sonha o mesmo sonho, onde se levanta da cama, em seu palácio na urbe de domos amarelos brilhantes, e anda completamente sozinho pelas ruas até se ver caçado por um Leão terrível.
Estávamos na sala, arrumando a mesa para o almoço. Sérgio e Luís estavam no quintal, conversando perto da churrasqueira, próximos um do outro. Era uma tarde fria de junho.
A praça estava apinhada de gente. Seria não mais que um leve exagero dizer que a cidade estava toda lá. Se, em tempos normais, a festa do padroeiro já era o principal evento do ano, que dirá na época da maior das crises, quando mesmo a esperança havia se tornado escassa.