Recompensa e outros poemas – por Rafael Souza
«Ninguém roubará aquilo que é teu./ Seja lá o que façam, não importa,/ pois só tu sabes o quanto valeu / e o quanto bateste em janela, em porta,»
«Ninguém roubará aquilo que é teu./ Seja lá o que façam, não importa,/ pois só tu sabes o quanto valeu / e o quanto bateste em janela, em porta,»
Sonhei que tu conhecias as palavras que Deus falou pelo Anjo. Ao percorrermos a ontofania da memória, Onde guardamos o ramo abençoado? Após a primeira ressurreição, Terás subido ao leito carregando a terra negra nas tuas vestes.
Pois é assim que o homem vive quando abrem-se as tuas chagas começa no próprio coração a tua fonte para trabalhar a partir das margens
contentar-me é ir a Deus e perfurar o tecido das nuvens atrás do qual o sol é belo.
Duas, três, quatro, cinco e quantas mais? A cada vez que a sede volta, aumenta E sempre me empurrando, cega e lenta, Àquele mesmo poço dos meus pais.
- por Bernardo Lins Brandão "... as flores e os rios e as montanhas me falavam de coisas ocultas desde a fundação do mundo"
Um cão sem dono, sem pudor nem pedigree, invadiu o desfile na Sapucaí e, com a sanha típica dos vira-latas, deu corda ao coração, velocidade às patas
Quem somos, neste dia de primícias? Pobres na manjedoura, a perceber Um jeito mais feliz de sentir dor?
Para mim foi uma experiência enriquecedora ler O pavão bizarro (ed. Patuá, 2014), o livro de estreia de Emmanuel Santiago, no qual revela algo do parnasianismo que muitos não enxergam, ou fingem não perceber, que é uma vida, perdoem-me o clichê, pulsante, um verdadeiro farol para a modernidade,
Eu vos revelo um grande mistério. Vós estais entre o abismo da altura e o abismo da profundeza. Em ambos vos aguarda um Companheiro; e esse Companheiro sois vós mesmos.