A Alma desdobrada no verso – sobre uma ‘pedra de toque’ de João Filho
- por Luiz Renato Périco Mesmo poetas medíocres conseguem escrever poemas excelentes aqui e ali, mas só quem tem total domínio da arte do verso…
- por Luiz Renato Périco Mesmo poetas medíocres conseguem escrever poemas excelentes aqui e ali, mas só quem tem total domínio da arte do verso…
Havia um capitão decapitado Correndo nu pela floresta fria; Havia um grande medo anunciado No silêncio da tarde que morria.
Traduzidos e Comentados por Gabriel Campos Medeiros Não faz muito tempo Gabriel Coelho Teixeira publicou, pela editora Eléia e em minha tradução, o Diário Íntimo…
Então laureada, Adélia Prado é uma poeta realizada: exprimiu em linguagem eficaz um intenso convívio com Deus e o mundo, com o dado e o cultivado. Aqui, como nos boletins de guerra, a simplicidade da frase não corresponde à complexidade da façanha
As tão esperadas férias finalmente raiaram junto com o Sol naquela manhã de início de julho, e o jovem, ansioso, não tardou a agir: aprontou-se logo, despediu-se dos pais e apanhou da caminhonete, partindo da capital para o interior, onde passaria os próximos trinta dias em casa de parentes.
O subsolo pode ter recebido esse nome na Rússia, mas a experiência é universal o suficiente para poder ser discernida nas diversas literaturas. No Brasil, o poema mais subsolesco de que me lembro é "Elegia 1938", de Carlos Drummond de Andrade, que se presta muito bem a ser lido à luz de Dostoiévski.
Sem incluir contemporâneos, meus critérios de seleção foram o vigor da expressão, a densidade do assunto e a clareza do conceito, foram aquela melodia bem composta, aquela imagem bem pintada, elementos que, encadeados no crescendo verbal necessário aos quatorze versos, culminam, quando não na impressionante chave de ouro, ao menos no arremate lógico que conforta a razão dos comuns e ofende a dos vanguardeiros.
- por Jessé de Almeida Primo - " Lendo As horas de Katharina, de Bruno Tolentino, sou arrebatado pelo primeiro verso deste poema, "Morro sem cuidado"."
Antes de tudo, a língua desce ao nada: Trava o espírito perante o vazio, Como incessante corrente de rio De chofre, por barragem anulada.
“Senhoras e senhores, boa noite; sejam muito bem-vindos: esta noite lhes vou apresentar meu novo número.”