Um jeito mais feliz de sentir dor – poemas de Antonio Ribeiro
Quem somos, neste dia de primícias? Pobres na manjedoura, a perceber Um jeito mais feliz de sentir dor?
Quem somos, neste dia de primícias? Pobres na manjedoura, a perceber Um jeito mais feliz de sentir dor?
Eu vos revelo um grande mistério. Vós estais entre o abismo da altura e o abismo da profundeza. Em ambos vos aguarda um Companheiro; e esse Companheiro sois vós mesmos.
Era como se visse as mãos franzinas da mãe... Pensava: “Voltarei a vê-la um dia, sob a forma de uma estrela”.
- por João Silva Uma grande obra de arte tem a capacidade de direcionar (ou redirecionar) a nossa atenção para o que estava antes escondido de nós. Daí a famosa proclamação de Robert Delaunay segundo a qual “o impressionismo é o nascimento da luz”. É claro que Monet e Renoir não criaram a luz (nem mesmo o demiurgo de Platão foi capaz de tal feito). Mas eles “ensinaram-nos” a ver a luz, eles ofereceram-nos uma nova perspetiva sobre as experiências mais mundanas e coloquiais. As suas pinceladas curtas, rápidas e grosseiras conseguiram captar detalhes da realidade que normalmente sequer consideramos, retratando uma nova sensação de movimento e espontaneidade, renovando assim o que antes era percebido como meramente corriqueiro.
-Traduzidos por David Carvalho "Uma cultura não é tradição autêntica senão quando se transmite no silêncio da noite como uma contrassenha clandestina."
-por Igor Sales Pataca conheceu o mundo, visitou os grandes museus e sempre dizia para Adriana: isso é bonito, não? E ela sempre respondia da mesma forma: é bonito, mas o que nos diz? Onde está a crítica? Mister Pataca, você é a voz do nosso tempo, não se esqueça.
-por Henrique Nascimento É onde mora a noite e me demoro: no extravio dos cantos, mais em cima. Sob o clarão da lua, o que é sonoro nomeia-se mistério, e, entre a neblina,
A abordagem mais promissora não é rejeitar o papel que músicos têm como influenciadores, mas levá-lo a sério — muito a sério. Com uma seriedade quase fatal. Não porque músicos são melhores do que outras pessoas — bom Deus, não são de jeito nenhum —, mas porque sua vocação os coloca em contato direto com uma das últimas coisas puras e desinteressadas que existem na cultura.
- por Matheus Bensabat "À sua vista, os barcos movimentavam-se como se transportassem almas destinadas ao inferno, um Caronte levava-as sobre a névoa deslizando pelas águas do Estige..."
- por Victor Bruno " Ao artista é necessário mais do que o domínio técnico. Ele precisa de domínio sobre a alma; ou seja, de sabedoria. A uma obra como a supracitada Pantanal falta justamente essa sabedoria, esse fio condutor invisível por trás das belas imagens ao pôr-do-sol."