De Frente ao Espelho – oito poemas de Rafael Souza
Era como se visse as mãos franzinas da mãe... Pensava: “Voltarei a vê-la um dia, sob a forma de uma estrela”.
Era como se visse as mãos franzinas da mãe... Pensava: “Voltarei a vê-la um dia, sob a forma de uma estrela”.
Cansei de andar a dar sermões aqui os peixes vão fugindo e tem o mar as convulsões
-por Jessé de Almeida Primo A morte, como todos já sabem, é incontornável. Como diria a sabedoria popular, para morrer basta estar vivo. É um desafio à inteligência humana, a todos os seus artifícios e já está anunciada no pó de onde viemos. O aspecto reiterativo deste soneto de Igor Barbosa, um verdadeiro triunfo rítmico-sonoro na poesia do pensamento, é uma ilustração perfeita dessa inexorabilidade.
- por Gabriel Campos Medeiros De propósito, escolhi poemas de caráter filosófico; são versos meditativos, nos quais Ronsard redige um como que boletim de guerra, versos talvez inusitados de um autor noto por dirigir-se, inflamado e cioso, a dezenas de mulheres, participando-as do seu conflito interior, do seu “combat inégal”
- por Fernanda Gonçalves Boaventura "À hora do Quinto Mistério, As crianças riscaram a casca tenra das nozes sobre a lareira; A lenha queimava leal aos sobejos de tua visita pascoal."
-Traduzidos por David Carvalho "Uma cultura não é tradição autêntica senão quando se transmite no silêncio da noite como uma contrassenha clandestina."
Tradução de David Carvalho "A palavra não se nos foi concedida para expressar nossa miséria, mas para transfigurá-la."
“Ao divino Assassino”, publicado em 1998 como frontispício à edição definitiva de Anulação e outros reparos, e republicado em 2002 com modificações na seção “Lição de trevas”, no Mundo como ideia (ed. Globo, 2002), é algo como a parada de sucesso de Bruno Tolentino
Ali, morrendo como incircunciso, Fez um pedido, "Lembra-te de mim", E foi com Ele para o Paraíso.