Dostoiévski e Proust – por Ortega y Gasset

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- tradução por Lucas Lima "Enquanto outros gigantes declinam, arrastados ao crepúsculo pela misteriosa ressaca dos tempos, Dostoiévski continua no topo. Talvez seja excessivo o entusiasmo recente por sua obra, e quanto a esta eu prefiro reservar meu julgamento para uma hora mais tranqüila, mas, seja como for, não há dúvida de que o russo foi salvo do naufrágio geral por que passou o romance do século passado e vem passando o do atual. "

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Uma arte de Igor Barbosa

-por Jessé de Almeida Primo A morte, como todos já sabem, é incontornável. Como diria a sabedoria popular, para morrer basta estar vivo. É um desafio à inteligência humana, a todos os  seus artifícios e já está anunciada no pó de onde viemos. O aspecto reiterativo deste soneto de Igor Barbosa, um verdadeiro triunfo rítmico-sonoro na poesia do pensamento, é uma ilustração perfeita dessa inexorabilidade.

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O Retrato de Anna Kariênina 

-por Lucas Petry Bender Todas as histórias de amor são parecidas, mas as histórias tolstoianas são de amor são a modo próprio. Ler ou reler Anna Kariênina (publicado originalmente em 1878, aqui citado na edição de 2021 da Editora 34, traduzida por Irineu Franco Perpetuo) é uma dessas grandes descobertas da vida, e embora muito já tenha sido dito a respeito, é sempre possível renovar o entusiasmo diante de um clássico dessa magnitude.

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Hesperio Garra de Aguilhão: Um romance fantástico de Elton Mesquita

- por Jessé de Almeida Primo "Atraente ao público mais jovem, mas sem fazer concessão a uma sintaxe preguiçosa, medrosa, opaca, que se passa por uma forma de expressão descolada, relax, de gente como a gente... Enfim, um romance dirigido ao público infanto-juvenil, mas escrito por homem, como, aliás, deveria ser regra para quem se entrega a essa tarefa.

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Working Title/Artist: The Lake of ZugDepartment: Drawings & PrintsCulture/Period/Location: HB/TOA Date Code: 10Working Date: 1843 photography by mma, Digital File: DP821057.tif retouched by film and media (kah) 05_12_14

Razão Encarnada e Experiência Vital: considerações para um ressurgimento da metafísica no séc. XXI

-por Bernardo Lins Brandão Apesar de todos os anúncios, a metafísica não morreu. Ou melhor, morreu, mas passa bem: contra toda a tradição filosófica, que, desde o séc. XIX, celebra o seu fim, acredito que ela ainda seja fundamental. Fernando Pessoa, escrevendo como Álvaro de Campos no poema Tabacaria, fala do Esteves-sem-metafísica, mas, em toda a experiência humana há sempre uma metafísica, ainda que implícita, isto é, um mapa, mesmo que provisório, da estrutura do real e das possibilidades nele contidas.

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Fingir a dor que deveras sente – uma leitura de “Ao Divino Assassino” de Bruno Tolentino

“Ao divino Assassino”, publicado em 1998 como frontispício à edição definitiva de Anulação e outros reparos, e republicado em 2002 com modificações na seção “Lição de trevas”, no Mundo como ideia (ed. Globo, 2002), é algo como a parada de sucesso de Bruno Tolentino

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