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Sonetos para um anjo caído – por Henrique Nascimento
Eu vos revelo um grande mistério. Vós estais entre o abismo da altura e o abismo da profundeza. Em ambos vos aguarda um Companheiro; e esse Companheiro sois vós mesmos.
Eu vos revelo um grande mistério. Vós estais entre o abismo da altura e o abismo da profundeza. Em ambos vos aguarda um Companheiro; e esse Companheiro sois vós mesmos.
Era como se visse as mãos franzinas
da mãe… Pensava: “Voltarei a vê-la
um dia, sob a forma de uma estrela”.
o Menino – todos sabem:
tem nas Mãos o universo.
Cansei de andar a dar sermões
aqui os peixes vão fugindo
e tem o mar as convulsões
-por Jessé de Almeida Primo
A morte, como todos já sabem, é incontornável. Como diria a sabedoria popular, para morrer basta estar vivo. É um desafio à inteligência humana, a todos os seus artifícios e já está anunciada no pó de onde viemos. O aspecto reiterativo deste soneto de Igor Barbosa, um verdadeiro triunfo rítmico-sonoro na poesia do pensamento, é uma ilustração perfeita dessa inexorabilidade.
– por Gabriel Campos Medeiros
De propósito, escolhi poemas de caráter filosófico; são versos meditativos, nos quais Ronsard redige um como que boletim de guerra, versos talvez inusitados de um autor noto por dirigir-se, inflamado e cioso, a dezenas de mulheres, participando-as do seu conflito interior, do seu “combat inégal”