
A lei da física – conto de Rafael de Souza
sim, pelo menos para si mesmo, ele estava perto de um bom destino, embora as ondas trouxessem aquela aragem amena, quase gelada e salobra, do início do entardecer,
sim, pelo menos para si mesmo, ele estava perto de um bom destino, embora as ondas trouxessem aquela aragem amena, quase gelada e salobra, do início do entardecer,
As tão esperadas férias finalmente raiaram junto com o Sol naquela manhã de início de julho, e o jovem, ansioso, não tardou a agir: aprontou-se logo, despediu-se dos pais e apanhou da caminhonete, partindo da capital para o interior, onde passaria os próximos trinta dias em casa de parentes.
Todas as noites o Grão-turco sonha o mesmo sonho, onde se levanta da cama, em seu palácio na urbe de domos amarelos brilhantes, e anda completamente sozinho pelas ruas até se ver caçado por um Leão terrível.
Estávamos na sala, arrumando a mesa para o almoço. Sérgio e Luís estavam no quintal, conversando perto da churrasqueira, próximos um do outro. Era uma tarde fria de junho.
A praça estava apinhada de gente. Seria não mais que um leve exagero dizer que a cidade estava toda lá. Se, em tempos normais, a festa do padroeiro já era o principal evento do ano, que dirá na época da maior das crises, quando mesmo a esperança havia se tornado escassa.
Houve em um passado otomano uma biblioteca de teologia com dois mil volumes voltados para um único assunto, os noventa e nove nomes de Alá.