Tentações do Subsolo – Dostoiévski, René Girard e a poética da imitação (#mêsdosubsolo)

Memórias do Subsolo é uma amostra de 150 páginas do que Augusto dos Anjos chamou de "a gargalhada da última derrota"; um riso altivo, despeitado e nada alegre. É o diário de um homem em quem até a honestidade é uma mentira; que confessa baixezas, inventa ódios e rancores, apenas para mascarar a sua humana indigência em relação aos que estima, ama e idolatra.

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“Elegia 1938” um poema do subsolo – por Pedro Sette-Câmara

O subsolo pode ter recebido esse nome na Rússia, mas a experiência é universal o suficiente para poder ser discernida nas diversas literaturas. No Brasil, o poema mais subsolesco de que me lembro é "Elegia 1938", de Carlos Drummond de Andrade, que se presta muito bem a ser lido à luz de Dostoiévski.

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Grande Desejo: Mímesis – René Girard e João Guimarães Rosa

- por Christiano Galvão "Sem precipitações nem polêmicas, através de uma releitura atenta do que Riobaldo narra, talvez achemos mais do que essas obviedades que parecem reduzir Grande Sertão: Veredas a uma mera pegadinha ou "mentira romântica"; talvez achemos a "verdade romanesca" que, segundo o pensador francês René Girard, caracteriza a genialidade de escritores do porte de João Guimarães Rosa.

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Arte feita por inteligência artificial (IA) é arte de verdade? – Notas sobre o caso de “Frankenstein” no prêmio Jabuti

«Uma obra de arte que é justificada pelo seu conceito é uma obra de arte justificada por algo extemporâneo. Recorre-se, portanto, a um elemento exterior à obra para que ela faça sentido.[...] Isto é: a obra não existe; ela existe indicando algo ao seu lado. Como um corpo cuja alma está fora de si. »

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