A Alma desdobrada no verso – sobre uma ‘pedra de toque’ de João Filho
– por Luiz Renato Périco Mesmo poetas medíocres conseguem escrever poemas excelentes aqui e ali, mas só quem tem total domínio da arte do verso
– por Luiz Renato Périco Mesmo poetas medíocres conseguem escrever poemas excelentes aqui e ali, mas só quem tem total domínio da arte do verso
Havia um capitão decapitado
Correndo nu pela floresta fria;
Havia um grande medo anunciado
No silêncio da tarde que morria.
Traduzidos e Comentados por Gabriel Campos Medeiros Não faz muito tempo Gabriel Coelho Teixeira publicou, pela editora Eléia e em minha tradução, o Diário Íntimo
Então laureada, Adélia Prado é uma poeta realizada: exprimiu em linguagem eficaz um intenso convívio com Deus e o mundo, com o dado e o cultivado. Aqui, como nos boletins de guerra, a simplicidade da frase não corresponde à complexidade da façanha
Sem incluir contemporâneos, meus critérios de seleção foram o vigor da expressão, a densidade do assunto e a clareza do conceito, foram aquela melodia bem composta, aquela imagem bem pintada, elementos que, encadeados no crescendo verbal necessário aos quatorze versos, culminam, quando não na impressionante chave de ouro, ao menos no arremate lógico que conforta a razão dos comuns e ofende a dos vanguardeiros.
– por Jessé de Almeida Primo – ” Lendo As horas de Katharina, de Bruno Tolentino, sou arrebatado pelo primeiro verso deste poema, “Morro sem cuidado”.”